Financiamento Para Energia Solar: O Guia Completo

Financiamento Para Energia Solar: O Guia Completo

Muitas linhas de financiamento para energia solar existem hoje no Brasil.  Dentre elas falaremos de bancos públicos e privados que te permitem pagar a parcela apenas com a economia na conta de luz gerada pelo sistema fotovoltaico.

Ter alternativas de financiamento para energia solar é essencial de modo a viabilizar o investimento inicial.  Além disso, ter uma solução de investimento mais arrojada e completa para o cliente é um grande diferencial de muitas empresas.

Neste post vamos compilar as informações essenciais que você precisa de saber para tomar crédito junto a estas instituições.

Também iremos recomendar quais linhas são mais apropriadas para cada caso com base nas experiencias já vivenciadas por nossa equipe.

 

Como escolher a melhor linha de financiamento

Em um primeiro momento, pode parecer que a melhor linha de financiamento para energia solar é aquela que oferece a menor taxa de juros.

Porém a decisão não pode se limitar à taxa de juros.

Esse é sim um dos principais fatores, entretanto é necessário avaliar prazos, carência, processo burocrático, garantias necessárias, se financia todo o projeto ou apenas um percentual do total, entre outros pontos menos expressivos.

– Prazos: os prazos são importantes pois com eles é possível diluir o pagamento ao longo dos anos de modo a diminuir o valor da parcela.

– Carência: pouco explorada por muitas pessoas, ela te permite juntar dinheiro antes de começar a pagar o financiamento.

– Processo Burocrático: informação que apenas quem já passou pelo processo entende, pode travar o seu projeto em até um ano.

– Garantias Necessárias: algumas instituições financeiras aceitam o próprio equipamento como garantia.

– Financiamento Total/Parcial: algumas linhas financiam apenas o equipamento, outras o projeto todo e outras um percentual pré-estabelecido do total.

Em suma, um financiamento adequado é aquele em que com a economia na conta de luz o cliente consegue quitar as parcelas.

Com isso o risco de inadimplência para o banco diminui drasticamente, uma vez que a capacidade financeira do cliente aumentou.

Caso a parcela de financiamento fique acima da economia, é possível que o cliente faça um financiamento parcial. Desta maneira ele terá um desembolso inicial (entrada a vista) fazendo com que o valor da parcela caia.

 

Exemplo de Financiamento Adequado

Vamos agora entender de fato como é um financiamento adequado a capacidade financeira de qualquer cliente.  

Para o exemplo abaixo, foram consideradas as seguintes premissas:

Dadas essas premissas, fizemos o cálculo da economia propiciada pela usina fotovoltaica e o pagamento das parcelas do financiamento.

Podemos analisar que não houve desencontro de caixa em nenhum momento para se pagar a usina.

O cliente pagou a usina com a economia gerada pelo sistema e no final do parcelamento ainda tinha juntado quase R$4.000,00.

Isso mostra que com um financiamento adequado, é possível não gastar um real a mais do que você está habituado a pagar em sua conta de energia e ainda economizar com isso.

Em alguns casos onde você não consiga essas condições de prazo e taxa, é possível também dar uma entrada de modo a diminuir o valor financiado e consequentemente o valor da parcela.

 

Principais Linhas de Crédito

Vamos agora entender quais linhas estão disponíveis no mercado para financiamento de energia solar e analisar qual é a melhor opção para você.

1 – BNDES (Finame)

Está é talvez a linha de crédito mais falada e procurada em todo o Brasil por suas condições de taxa e prazo para pagamento.

Entretanto é importante ficar atento ao material.

Está linha é destinada a maquinas e equipamentos nacionalizados e que possuam o chamado código Finame.

Os kits fotovoltaicos enquadrados nesta categoria costumam ser entre 15% a 25% mais caros do que os tradicionais, e além disso poucos fornecedores ainda trabalham com esse tipo de material.

– Taxa de Juros: TJLP + 1,7% ao ano.

– Prazos: até 144 meses

– Carência: até 24 meses.

– Processo Burocrático: extremamente lento e extenso.

– Garantias Necessárias: negociadas entre o cliente e a instituição financeira credenciada.

– Financiamento Total/Parcial: até 100% dos itens financiáveis.

A contratação desta linha normalmente é feita através de outras instituições parceiras do banco, como o Banco do Brasil e a Caixa por exemplo. Consulte seu banco para saber mais.

Se o seu gerente não te der muitas informações, procure algum outro agente credenciado clicando aqui.

2 – Banco do Nordeste (FNE Sol)

Apesar do exaustivo processo burocrático, essa linha é a que possui as melhores condições do mercado.

– Taxa de Juros: de 4,3% a 5,17% ao ano.

– Prazos: até 144 meses.

– Carência: 24 meses.

– Processo Burocrático: extremamente lento e extenso.

– Garantias Necessárias: garantias reais com valor de cerca de 1,3x o do bem financiado.

– Financiamento Total/Parcial: total incluindo serviço.

Apesar de se limitar a região do nordeste, ao norte de Espirito Santo e ao norte de Minas Gerais, recomendo extremamente a procura por essa linha nas agências do Banco do Nordeste.

3 – Bancos Estaduais de Desenvolvimento

Aqui vou usar como exemplo o BANDES, Banco de Desenvolvimento do Espirito Santo, mas é possível que em sua área de atuação também exista algum outro.

– Taxa de Juros: Selic + 3% (hoje cerca de 8,5% ao ano)

– Prazos: até 96 meses.

– Carência: até 36 meses.

– Processo Burocrático: alto por ser um banco público, porém inferior ao BNDES e ao BNB.

– Garantias Necessárias: garantias reais com valor de cerca de 1,3x o do bem financiado.

– Financiamento Total/Parcial: total incluindo serviço.

4 – Santander (CDC Eficiência Energética)

Hoje essa é a melhor linha de crédito para energia solar disponível em bancos privados no Brasil.

Além de possuir taxas competitivas, sua contratação é rápida e sem gerar desgastes com o cliente final.

– Taxa de Juros: a partir de 0,75% ao mês.

– Prazos: até 60 meses.

– Carência: até 3 meses.

– Processo Burocrático: rápido e sem muitos entraves.

– Garantias Necessárias: avalistas com renda superior a 1,3x o valor da parcela.

– Financiamento Total/Parcial: total incluindo serviços.

5 – Sicoob

O Sicoob é um sistema de cooperativas de crédito que possui atuação em quase todos os estados da federação.

Sua linha de financiamento para energia solar possui as seguintes características:

– Taxa de Juros: a partir de 1,19% ao mês.

– Prazos: até 72 meses.

– Carência: até 3 meses.

– Processo Burocrático: rápido e sem muitos entraves.

– Garantias Necessárias: avalistas com renda superior a 1,3x o valor da parcela.

– Financiamento Total/Parcial: total incluindo serviços.

6 – Banco do Brasil (Proger Empresarial Urbano)

Esta linha do Banco do Brasil é voltada para empresas que já são correntistas do banco.

– Taxa de Juros: depende da relação do cliente com o banco.

– Prazos: até 72 meses.

– Carência: até 12 meses.

– Processo Burocrático: relativamente rápido.

– Garantias Necessárias: utilização de fundo garantidor (FAMPE) para garantir parte do financiamento e ter acesso a taxas diferenciadas.

– Financiamento Total/Parcial: até R$1 milhão, limitado a 80% do projeto de investimento.

7 – Sicredi

Cooperativa de crédito que possui uma linha exclusiva para financiamento de tecnologias (equipamentos e softwares) que se beneficiem de energia solar para um determinado fim.

– Taxa de Juros: entre 1% a 3% ao mês.

– Prazos: até 60 meses.

– Carência: não informado.

– Processo Burocrático: relativamente rápido.

– Garantias Necessárias: avalistas com renda superior a 1,3x o valor da parcela.

– Financiamento Total/Parcial: até 100% do valor dos itens financiáveis.

8 – BV Financeira

A BV Financeira se especializou em financiamentos para energia solar e hoje dispõe de uma plataforma online que te permite simular o valor do crédito.

Por isso acredito que faça mais sentido você avaliar por si só, obtendo informações de acordo com suas necessidades especificas.

Para acessar, clique aqui.

Essas são as principais linhas de crédito para energia solar disponíveis no Brasil.

 

Em geral podemos dizer que o processo burocrático dos bancos públicos e de desenvolvimento são extensos e requerem muita insistência por parte do contratante. Se as parcelas destes bancos estiverem próximas as de bancos privados eu recomendo fortemente a escolha dos bancos privados.

Além disso é importante lembrar que as taxas normalmente variam de acordo com a análise de crédito de cada cliente, por isso minha intenção aqui foi meramente informativa.

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