Geração Compartilhada: O Guia Completo

Geração Compartilhada: O Guia Completo

Devido a seu aspecto “futurista”, a geração compartilhada de energia solar está em alta no mercado e por isso preparamos o guia completo.

O termo “futurista” usado na frase acima se justifica pelo fato de que pessoas e empresas agora podem alugar lotes de fazendas solares e utilizar essa energia para abater sua conta de luz, tudo isso com poucos cliques em um computador ou smartphone.

Este é o modelo pelo qual as principais fazendas solares enquadradas em geração distribuída atuam. Sendo assim um dos grandes responsáveis pelo aumento da presença solar na matriz energética brasileira.

Para te deixar por dentro do assunto preparamos esse post, espero que goste da leitura.

 

O que é a Geração Compartilhada?

A geração compartilhada surgiu diante da demanda de pessoas e empresas por poder se unir para investir em energia solar e poder utilizar de seus benefícios em conjunto.

Diante disso a ANEEL deu início ao processo de revisão da resolução normativa 482, o que resultou na criação da REN 687/2015.

Esta revisão criou a modalidade de consumo chamada de geração compartilhada, que segundo a ANEEL, é definida por:

 

“Reunião de consumidores, dentro da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade consumidora com micro ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada; ”

 

Vamos agora destacar as principais características de uma geração compartilhada:

– Unidade consumidora formada por pessoas físicas ou jurídicas na forma de consorcio ou cooperativa;

Consorcio para os casos em que os consumidores são pessoas jurídicas.

Cooperativa para os casos em que os consumidores são pessoas físicas.

– Todas as unidades consumidoras, inclusive a fazenda solar, precisam estar na mesma área de concessão (pertencer a mesma distribuidora de energia).

– A unidade que irá produzir energia precisa se enquadrar nos moldes de geração distribuída.

 

Por que investir em Geração Compartilhada?

O principal benefício da geração compartilhada é a economia de escala ao se adquirir o sistema fotovoltaico.

Economia de escala é a razão pela qual o preço por kWp cai tanto na medida em que a potência do sistema aumenta. Sistemas maiores tem custos de logística, instalação e manutenção diluídos, o que resulta em um menor custo unitário.

Para efeito de comparação, o preço por kWp de instalações residenciais está na faixa de R$4.000,00 a R$ 4.500,00. Para grandes usinas esse preço pode chegar a R$2.500,00 (45% menor).

Os cuidados com a manutenção e operação do sistema também serão compartilhados, permitindo que por um baixo custo mensal todos tenham os benefícios de ter profissionais qualificados zelando pelo seu gerador fotovoltaico.

Além disso, este modelo torna o investimento em energia fotovoltaica acessível até mesmo para quem não possuí área disponível no local de consumo.

 

Desvantagens da Geração Compartilhada

Até então vimos diversas vantagens de se investir em geração compartilhada, principalmente no que se refere aos custos e despesas operacionais.

Entretanto a desvantagem está justamente na “receita” da usina.

A receita a qual me refiro acima diz respeito ao abatimento na fatura de energia dos associados.

Em geradores in-loco convencionais, esse abatimento se dá na tarifa de uso do sistema de distribuição (TUSD), tarifa de energia (TE), PIS, COFINS e ICMS.

Entretanto para a geração compartilhada mudam os seguintes aspectos:

– Geradores com potência de até 1 MWp: não tem a isenção do PIS e COFINS.

– Geradores com potência entre 1 e 5 MWp: não tem isenção de PIS, COFINS e ICMS.

Desta maneira a conta de luz desses associados não terá a mesma redução de valor se comparado a utilização de um sistema in-loco.

Normalmente o que vimos é uma redução na casa de 40% a 60% em relação ao seu valor total.

 

Duvidas mais comuns

– A concessionária de energia permite isso?

Sim. Através da REN 687/2015, a ANEEL obrigou as concessionarias a reconhecer essa forma de geração e consumo de energia elétrica. Lembrando que a ANEEL é o órgão que regula as distribuidoras de energia elétrica no Brasil.

– Como é essa usina compartilhada?

A usina compartilhada nada mais é do que uma instalação (normalmente em solo) com potência de até 5 MWp.

Para exemplificar melhor, uma usina dessa potência tem algo em torno de 15.000 módulos fotovoltaicos com uma área ocupada de 45.000 m². Isso seria suficiente para atender cerca de 2.500 residências.

É claro que existem também usinas menores, normalmente a partir de 1 MWp.

 – Como vou receber essa energia?

A energia gerada pela usina é injetada na rede da concessionária na forma de créditos energéticos. Como na unidade consumidora em que a usina estará ligada não deve haver consumo de energia, toda a geração deve ser convertida em créditos.

Esses créditos são destinados às unidades consumidoras dos associados em forma de percentual do total.

Ex: 3% dos créditos gerados serão destinados ao associado “X” cujo número de instalação é “XXXXX”.

Dessa forma, você receberá esses créditos e terá o abatimento em sua fatura de energia.

– Preciso alterar o meu medidor de energia para receber os créditos?

Não. O único medidor que precisa ser trocado (para o bidirecional) é aquele onde será instalado o sistema solar fotovoltaico.

 

Caso tenha mais alguma dúvida, não hesite em entrar em contato através de nossas redes sociais @academiadosol.

Confira também o nosso canal no Youtube, clicando aqui.

Lá postamos diversos conteúdos gratuitos para difundir o conhecimento sobre energia solar!

 

Compartilhe

Veja mais posts